Durante esses anos de trabalho como consultor, percebi que as reclamações dos empresários costumam ser sempre as mesmas. Ultimamente, o que mais tenho ouvido é que: a concorrência está pesada, os juros estão abusivos, a carga tributária está elevada demais, dentre outros problemas. Porém, é comum ouvir também que esses são problemas pequenos se comparados às dificuldades de gerenciar, motivar ou mesmo, satisfazer as expectativas de seus colaboradores.
As gerações foram mudando com o passar dos anos, o colaborador de hoje não deixa de expor suas idéias, ambições, insatisfações, problemas e reclamações, coisas que gerações mais ”antigas” faziam questão de esconder.
Muitos de meus clientes externaram a vontade de fazer cursos de psicologia, relações humanas, coaching ou algo que pudesse ajudá-los a lidar com pessoas, porém, o empresário tem que entender e acima de tudo, aceitar, que as empresas são sistemas vivos, compostos e conduzidos por pessoas. E essas, além de complexas por natureza, são completamente diferentes umas das outras, seja em questões culturais, religiosas, políticas, sociais, ou simplesmente, ligadas às suas ambições, objetivos, desejos, frustrações e anseios. E para piorar tudo isso, aliam-se interesses financeiros, no caso salários, cargos, e disputas de poder, que dificultam ainda mais o trabalho de gestores e consultores.
Por isso, afirmo que o empresário em busca de sucesso e crescimento, precisa conhecer sua empresa, produto/serviço e o mercado em que está inserido, e, nos dias de hoje, precisará também conhecer pessoas, como parte da sobrevivência da empresa, e mais do que disso, necessitará de dedicação de parte do seu tempo para lidar, gerir e apoiá-las.