Aos poucos, livros de centenas de páginas com a contabilidade das empresas são substituídos por arquivos digitais assinados e transmitidos digitalmente. Isso desde o início do Sped, (Sistema Público de Escrituração Digital), que começou em 2005 com a nota fiscal eletrônica.
Uma nova etapa de transição começa em outubro para cerca de 40 mil empresas paulistas. Elas terão de enviar arquivos digitais com informações de ICMS e IPI. Não há uma regra para saber qual empresa está obrigada. A lista completa está disponível no site da Secretaria Estadual da Fazenda. A transição é complexa, mas aponta para resultados positivos, segundo Roberto Dias Duarte, professor de gestão contábil eletrônica na PUC – MG. O mais óbvio é a economia com impressões e encadernações. “É como comparar um computador com uma máquina de escrever”, diz Duarte. Porém, ele diz que nem sempre o computador é mais rápido, pois a pessoa tem de aprender a usá-lo, compara. Entre as vantagens do Sped, Duarte aponta a obrigatoriedade de uma melhora na gestão que a digitalização obrigará. Na escrituração digital, informações como controle detalhado do estoque, cadastro de produtos e fornecedores -informações que ficavam em livros de contabilidade- estarão à disposição do Fisco instantaneamente. Geuma Nascimento, sóciada Trevisan Gestão & Consultoria diz que o Sped é uma realidade irreversível, da qual não adianta reclamar. Pelo contrário, o importante é se preparar e perceber as vantagens futuras que podem vir da implantação, como a diminuição da sonegação. |
Fonte: Folha de S.Paulo